Busto de José Mariano

» Busto de José Mariano e Escravo Liberto
» PE-Recife-Poço da Panela
» Bronze
» 1917
» L 280cm ; A 300cm

✯Ribeirão
José Mariano Carneiro da Cunha ✯1850 | ✟1912
Abolicionista pernambucano, estudou na Faculdade de Direito do Recife, na mesma turma de Joaquim Nabuco, formando-se em 1870. Fundou o jornal abolicionista A Província, em setembro de 1872. Foi membro da associação emancipatória Clube do Cupim.

O Escravo — Homenagem aos escravos que com suas vidas construíram este país — Comemoração a abolição da escravatura.

Personagem importante do Recife e do bairro do Poço da Panela, o jovem abolicionista e político José Mariano Carneiro da Cunha é lembrado até hoje por uma estátua localizada no coração do bairro da Zona Norte. A escultura fica em frente à casa onde ele morou junto com sua esposa, Olegaria Carneiro da Cunha, mais conhecida como Dona Olegarinha, na Rua Antônio Vitrúvio.

Juntos, eles prestaram inúmeros serviços à causa abolicionista. A casa onde viveram no século 19, que fica ao lado da Igreja de Nossa Senhora da Saúde, era um refúgio para os negros.

Dona Olegarinha recolhia os escravos das ruas e os escondia em sua casa para, de lá, embarcarem, altas horas da noite, em botes pelo Rio Capibaribe, em direção ao Ceará, onde a abolição já havia sido proclamada.

Não é por acaso que, junto da estátua do seu marido, está a imagem de um negro utilizando correntes quebradas nos pulsos, simbolizando a vitória contra a opressão.

A contribuição de José Mariano Carneiro da Cunha para o fim da escravidão se deu, principalmente, na esfera política. Além de fundar o jornal A Província, de filosofia abolicionista, foi fundador da sociedade secreta Clube do Cupim, que defendia os escravos fugidos.

Carneiro da Cunha também foi deputado federal e estadual em várias legislaturas. Ele ingressou na Faculdade de Direito do Recife com apenas 16 anos, tendo como colegas de turma ninguém menos que Joaquim Nabuco, Ruy Barbosa, Herculano Bandeira e Castro Alves. Segundo Gilberto Freyre, José Mariano foi “o pernambucano mais amado das multidões.”