Fernandes Vieira

»Fernandes Vieira ✯1610 | ✟1681
» PE-Várzea-Cidade Universitária
» Concreto Armado
» 1917
» L ****cm ; A ****cm

✯Ilha da Madeira
João Fernandes Vieira
Português, emigrou para Pernambuco. Foi o primeiro signatário de um pacto no qual aparecia o vocábulo Pátria pela primeira vez em terras brasileiras. Comandou a primeira fase da luta de resistência contra a Invasão Holandesa 1645-1648. Revelou-se chefe militar dos mais valorosos nos combates do Monte das Tabocas e nas Batalhas de Guararapes.

Foi um militar e senhor de engenho português, um dos principais líderes nas lutas pela expulsão dos holandeses de Pernambuco.

Apesar das muitas dúvidas e controvérsias acerca da origem de João Fernandes Vieira, um dos heróis da Restauração Pernambucana, pode-se afirmar que nasceu na Ilha da Madeira em 1610, numa época de opressão e de pobreza, em que dominava o governo castelhano.

Conforme o historiador brasileiro Oliveira Lima, “João Fernandes Vieira, apesar de ser de cor, governou Angola e Pernambuco”.

Já segundo o Nobiliário da Ilha da Madeira, de Henrique Henriques de Noronha, também mencionado na obra de José Antonio Gonsalves de Mello, o verdadeiro nome de Vieira era Francisco de Ornellas, filho segundo do fidalgo Francisco de Ornellas Moniz e de sua esposa D. Antônia Mendes, que, sendo rapaz, fugiu para o Brasil, onde mudou de nome. Teria nascido na capitania de Machico em 1613. Os sobrenomes Fernandes e Vieira homenageavam os seus ancestrais Pedro Vieira, o grande morgado da Ribeira de Machico, e António Fernandes, sesmeiro nas Covas do Faial, no Norte da ilha.

Tradicionalmente, considera-se que chegou à Capitania de Pernambuco, no Brasil, em 1620, possivelmente com menos de dez anos de idade. Humilde, trabalhou no comércio em Olinda, tendo participado, ao lado das forças de Matias de Albuquerque, da resistência à segunda das Invasões holandesas do Brasil em 1630. Poucos anos mais tarde, trabalhava na cidade para um abastado comerciante e senhor de engenho judeu neerlandês, Jacob Stachhouwer, pessoa ligada à Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais (W.I.C.). No convívio e no trato com os invasores, conhecendo bem Maurício de Nassau, acumulou propriedades rurais, enriqueceu, tornando-se abastado senhor de engenho que, pelos destinos da guerra, veio a perder.